A última etapa da obra pode ser o maior pesadelo das construtoras – e pouca gente fala sobre isso
Na construção civil, cada fase de um projeto tem seus desafios. Mas há uma etapa que, apesar de essencial, ainda é subestimada por muitas construtoras: a vistoria e entrega dos imóveis.
Enquanto a obra avança com investimentos em tecnologia, controle de qualidade e gestão eficiente, o momento de vistoriar e entregar as unidades aos clientes ainda acontece de forma manual, desorganizada e, muitas vezes, caótica.
Agendamentos confusos, registros em papel, falhas no controle de não conformidades, retrabalho e falta de indicadores são apenas alguns dos problemas enfrentados. O resultado? Atrasos, custos extras e clientes frustrados antes mesmo de receberem as chaves.
Se a sua construtora passa por isso, saiba que não está sozinha. Mas por que um processo tão crítico ainda é tratado de maneira tão improvisada?
O problema começa antes da vistoria
Toda construtora sabe que, antes de entregar um imóvel, é preciso fazer uma vistoria com o cliente. O que pouca gente fala é que, para muitas empresas, o simples ato de marcar essa vistoria já se tornou um gargalo.
O modelo tradicional ainda é baseado em ligações, e-mails e trocas intermináveis de mensagens. A equipe tenta conciliar a disponibilidade dos clientes com a agenda da vistoria, enfrenta cancelamentos de última hora e precisa reagendar unidades repetidamente.
Se uma construtora tem 50, 100 ou 200 unidades para vistoriar, o tempo perdido nesse processo manual é gigantesco. No fim das contas, a equipe está mais ocupada tentando organizar a agenda do que efetivamente garantindo a qualidade da entrega.
E quando a vistoria finalmente acontece, surge outro problema.
Pranchetas, post-its e planilhas: por que as vistorias ainda são tão manuais?
Se você já participou de uma vistoria, sabe como é o cenário: engenheiros ou vistoriadores andando pelo imóvel com checklists impressos, marcando anotações à mão e colando fitas adesivas para indicar problemas.
Depois, tudo isso precisa ser transcrito para uma planilha – e é aí que o retrabalho começa.
Quantas informações se perdem nesse processo? Quantos erros de digitação acontecem? Quantas fotos de não conformidades ficam armazenadas no celular de alguém sem nunca serem repassadas ao time responsável pelos reparos?
Além disso, quem faz a separação dos problemas para os prestadores responsáveis? Na prática, alguém precisa gastar horas organizando esses dados e enviando manualmente para cada fornecedor, aumentando o risco de erros e atrasos.
Enquanto isso, os prazos de entrega seguem apertados e os clientes aguardam respostas.
E quando há não conformidades?
Identificar um problema na vistoria é apenas o começo. O grande desafio está no que acontece depois.
Sem um sistema eficiente, a comunicação sobre as não conformidades se perde entre e-mails, mensagens de WhatsApp e planilhas compartilhadas. Os fornecedores responsáveis pelos ajustes podem demorar para receber as informações ou, pior, nem serem acionados a tempo.
E o que acontece quando a correção de um problema é esquecida? Uma revistoria inesperada.
O ciclo se repete: a equipe volta ao imóvel, encontra os mesmos problemas não resolvidos e precisa refazer todo o processo. No fim, o tempo gasto dobra, o custo aumenta e o cliente continua esperando.
E quando o cliente finalmente recebe as chaves, outra dor de cabeça pode surgir: o chamado na assistência técnica para problemas que já deveriam ter sido resolvidos.
Sem um histórico bem documentado da vistoria, a construtora muitas vezes não tem como provar que a não conformidade não foi registrada pelo próprio cliente durante a inspeção. O resultado? Mais um custo extra para a empresa – e uma reclamação a mais para a equipe de pós-venda lidar.
A falta de indicadores
Se alguém perguntar agora quantas vistorias já foram realizadas no seu empreendimento, você saberia responder? E quantas unidades precisaram passar por revistoria? Quais são os problemas mais recorrentes?
Se a resposta for “preciso checar na planilha”, esse é um sinal de alerta.
Sem informações organizadas, fica impossível prever com precisão quando o empreendimento realmente estará pronto para ser entregue. A diretoria cobra prazos, a equipe tenta atualizar os status manualmente, e os clientes pressionam por respostas.
Sem um sistema estruturado, a previsibilidade do processo simplesmente não existe.
E a satisfação do cliente? Alguém realmente mede isso?
Para a construtora, a entrega de um imóvel é o fim do projeto. Para o cliente, é o começo da sua nova vida.
No entanto, quantas empresas realmente monitoram como o comprador se sente durante a vistoria?
Poucas construtoras aplicam pesquisas de satisfação nessa etapa, e muitas só percebem que houve um problema quando a reclamação já está publicada em redes sociais ou sites de avaliação.
Além disso, como garantir que o atendimento durante a vistoria foi feito de forma adequada? Se a equipe não acompanha essa percepção, oportunidades de melhoria passam despercebidas – e a experiência do cliente segue sendo tratada como um detalhe.
E se o próprio cliente pudesse realizar a vistoria do seu imóvel?
Uma das tendências mais inovadoras do setor é a Autovistoria de Entrega. Mas e se, em vez de depender exclusivamente da equipe da construtora, o próprio comprador pudesse inspecionar o imóvel no seu tempo, sem pressão e com total autonomia?
Com o suporte de uma plataforma digital, o cliente recebe um checklist interativo no celular e segue um passo a passo intuitivo para verificar os principais pontos do imóvel. Durante esse processo, ele pode registrar fotos e vídeos de possíveis problemas, garantindo que nenhum detalhe passe despercebido – tudo de forma tranquila, sem a necessidade de se ajustar a prazos rígidos.
Para a construtora, os benefícios são imediatos: várias vistorias podem ocorrer simultaneamente, sem a necessidade de deslocar equipes para cada unidade. Isso acelera o processo de entrega, reduz custos operacionais e evita gargalos comuns dessa etapa.
Além disso, a empresa pode transformar esse momento em uma experiência ainda mais marcante, promovendo eventos de entrega coletiva, reunindo futuros moradores para conhecerem seus novos lares ao mesmo tempo.
Conheça a BP8, a construtora que inovou ao adotar ferramentas digitais de gestão para centralizar todo o processo de vistoria, tornando a experiência mais transparente e eficiente para clientes e equipe. O resultado? 90% de aprovação já na primeira vistoria pelos moradores.
A tecnologia já está disponível. A pergunta é: quais construtoras estão prontas para mudar a forma como entregam seus empreendimentos?
A digitalização é uma necessidade – não um luxo
Muitas construtoras já perceberam que não dá mais para depender de pranchetas, planilhas e processos manuais na fase de vistoria e entrega.
As soluções digitais para esse processo já permitem:
- Agendamento automatizado, onde o cliente escolhe seu horário sem precisar de ligações ou trocas de mensagens.
- Registro digital das não conformidades, com fotos e vídeos anexados diretamente no sistema.
- Painéis e relatórios em tempo real, eliminando a necessidade de conferir planilhas.
- Histórico completo de cada unidade, garantindo rastreabilidade e reduzindo custos com assistência técnica.
- Pesquisas de satisfação automatizadas, para medir a percepção do cliente e identificar pontos de melhoria.
- Autovistoria digital, onde o próprio comprador pode inspecionar o imóvel remotamente.
Sua construtora ainda repete os mesmos erros?
Se as dores descritas aqui fazem parte do seu dia a dia, o problema não é apenas a vistoria – é a falta de um processo estruturado.
A entrega de um empreendimento não precisa ser um caos. Com a digitalização, a construtora ganha eficiência, reduz custos e melhora a experiência do cliente.
O setor de construção civil evoluiu em muitas áreas. Mas a vistoria e entrega dos imóveis ainda estão presas ao passado.
A pergunta é: até quando?